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sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Entrevista: Nicky Valentine, a grande sensação do eletro-pop
Escrita por RafaelPublicada às: 11:26

Jovem, 22 anos, já teve sucessos como "Deep in my heart" na trilha sonora de Malhação e acaba de lançar o clipe de sua nova música "Call me Bitch" que é umas das preferidas das mais agitadas pistas de dança. 


Como começou a carreira?
Comecei a estudar musica aos 9 anos. Ja comecei cantando em pequenos eventos, concursos, apresentações de teatro.
Com 14 anos comecei minha carreira como atriz e logo conheci os diretores Hudson Glauber e Wolf Maya, que me introduziram no mundo do teatro musical. Com 15 anos cheguei a ficar 15 dias estudando em Nova York (Broadway Dance Center) para me aprimorar na área. Trabalhei com teatro musical ate começar a compor minhas musicas voltadas ao pop eletrônico e finalmente me entregar de vez à pista, que hoje é a minha grande paixão.

Quem ajudou no começo da carreira?
Além do apoio incondicional da minha família, sem dúvidas o meu melhor amigo e professor Thiago Gimenes. Ele sempre foi a pessoa mais presente musicalmente na minha vida. Professor, irmão e parceiro de composições. Wolf Maya também é um grande mestre e responsável pelo amadurecimento que tive durante a minha adolescência e formação como profissional. Pessoas que nao tenho como agradecer.

Porque seguiu para o pop-eletrônico?
Sempre tive como referencia a Black Music, o pop internacional. Amo MPB mas nunca consegui me encaixar dentro desse estilo.
Minhas composições já acabaram voltadas para o mercado pop, e como consegui meu espaço nas pistas, acabei focando meu trabalho nisso.
A música eletrônica pode ser o que quisermos. Tenho musicas românticas, agitadas, engraçadas e tudo isso ganha vida nas mãos dos produtores musicais maravilhosos que temos no mercado!

Como você vê o cenário musical no Brasil hoje?
Acredito que estamos ganhando nosso espaço. Hoje as pessoas já começam a ouvir nossas musicas, cantadas em inglês, e entenderem que são brasileiros que estão por trás de toda aquela história.
Ainda torço para que haja mais investimentos, mídia... Ainda temos muito o que conquistar.

Qual foi a sensação em saber que você teria uma música na trilha de Malhação?
A melhor possível. Quando o Mister Jam (produtor e parceiro de composição) me ligou contando, fiquei sem acreditar por alguns minutos até que a música realmente tocou durante a novela. É muito legal ouvir uma música que você escreveu dentro da sua casa, de repente tocar para milhões de pessoas.


PING PONG

Sonho: viver de música
Amigos: poucos
Inimigos: "Don't hate me, it's not good for my health" (Call me Bitch)
Sucesso: consequência
Fracasso: jamais
Família: meu chão
Uma viagem: Nova York
Um recado para os leitores do Agito Total:
Beijão pra toda galera do Agito Total! Obrigada por tudo e espero que vocês curtam o clipe! ;)

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Entrevista: Cris Cabianca, a nova revelação da MPB
Escrita por RafaelPublicada às: 11:37

Considerada como uma das grandes revelações da música popular brasileira, a cantora conversa com exclusividade com o Agito Total.

 Foto: Tomas Kolish / Divulgação

Quando você optou pela carreira artistica? Teve apoio de seus familiares?
Tive um super apoio da minha família para estudar música, dança, teatro e artes em geral. Entretanto, quando anunciei que gostaria de seguir carreira musical, mesmo tendo uma família de artistas, meus pais foram contra. Então conversamos muito e combinamos que se quisesse seguir carreira artistica, eles me apoiariam, com tanto que eu fizesse faculdade de outra profissão tradicional. Acabei fazendo Direito e Arquitetura, mas finalizei apenas a de Direito, porque me tomava bem menos tempo de estudar e trabalhar com Teatro e Música.


Você já trabalhou em alguma outra área? Qual? 
Nossa, já! Trabalhei com Produção Cultural, fui estagiária de Arquitetura e de Direito. Também fiz alguns trabalhos com Design Gráfico. Mas é curioso que comecei a dar minhas primeiras aulas de música aos já 15 anos e, por mais que me dissessem que música não dava dinheiro, foi a música que sempre me pagou melhor.


Você estudou que tipos de arte? Em quais escolas?
Estudei muitos tipos de arte... Amo a criação, estética e, principalmente, incentivar as pessoas a sonhar.
Acho que as artes são perfeitas para isso! Então estudei Canto no Conservatório Souza Lima, Broadway Dance Center em NY e na Casa de Artes Operária. Teatro na Oficina de Atores Nilton Travesso e na Teatro Escola Macunaíma. Dança na Escola de Danças Samya Farhan, onde fui solista e Artes Plásticas dentro do Curso de Arquitetura na Faap. Todas foram maravilhosas experiências. Estudei Piano, guitarra e violão na Escola de Música Intermezzo, onde também sou Professora de Técnica Vocal atualmente.


Você já participou de musicais em São Paulo, fale um pouco sobre essa sua passagem pelos musicais.
Quando estudei musicais, o embalo de Broadway estava bem no começo em Sampa. Encenei pela Casa de Artes Operária "West Side Story", "O Jardim Secreto" e uma série de Pocket Shows com números da Broadway.
Fiz ainda, com o diretor Silnei Siqueira  e Ednaldo Freire "Dom Quixote dela Mancha",  e a Adaptação  de a "Princesa e o Sapo", Musical de minha autoria que foi para minha alegria super bem elogiado pela crítica.


Porque optou sair dos musicais e gravar um CD solo?
Estava inserida nos musicais e no Teatro também. Encenei mais de 10 peças na época, mas sentia muita falta da música pura, minha verdadeira paixão. Comecei a compor lá pelos 8 anos de idade e aos 13 já tinha fita demo, com canções próprias que apresentei em diversos festivais de bandas durante minha adolescência. Mais tarde acabei Gravando Cd com um produtor, que acabou retido, o que me desiludiu por uns bons 5 anos da música. Mas chegou um ponto em que me cansei de cantar músicas prontas. Eu tinha muitas idéias borbulhando e resolvi escrevê-las e gravá-las. Fluiu tão bem que acabou se tornando meu Cd solo.


De onde surgiu a ideia de unir MPB e música celta em seu primeiro disco?
Gosto muito de música Celta, Lounge, New Age e amo MPB. Sempre na hora de compor acabava fazendo uma MPB, pelas minhas origens, com uma pitada de misticismo, uma coisa meio Celta meio World Music. Parecia estranho na teoria, mas eu acreditava muito no resultado harmônico dessa mistura excêntrica. Então comecei a mostrar para as pessoas, que pareciam super interessadas. Então, segui em frente.


A música celta era um estilo que você já ouvia antes? Quais seus idolos nessa vertente musical?
Tomei contato com a música Celta aos 14 anos quando fiquei paralisada por aquela sonoridade incrível!  Naquele momento decidi que seria o tipo de música que eu faria. Tenho como grande inspiração uma cantora e harpista chamada Loreena Mckennitt, gosto do trabalho da Sarah Brightman, Celtic Woman,  Blackmores Knight. Sou muito ligada em bandas de pop rock britânico que levam essa sonoridade também, como o  The Corrs.

Foto: Tomas Kolish / Divulgação

Você é artista da gravadora Azul Music. Muitos artistas em seus primeiros discos não tiveram a mesma sorte que você, que conselho você dá a eles para chegarem a uma gravadora?
Primeiro de tudo acho que um desejo ardente de viver de música porque o caminho não é fácil mas é muito bom! Acho que a palavra central é entrega. Fazer sua arte com a maior verdade possível, com o coração sincero e presente! Colocar a mão na massa e trabalhar com amor, tirar a composição da ideia e colocar no mundo real, entre outras coisas.


Qual é a sua música favorita do álbum? Por quê? 
Nossa difícil isso né? São todas minhas filhas… Dificl escolher entre as filhas. Mas acho que "O canto das Sereias" e "Flores da Terra", pelo astral das letras e sonoridades.


Na composição das suas músicas, como funciona seu processo criativo? Você se isola como muitos artistas para escrever? Gosta de usar fatos do seu cotidiano para as letras? 
Para entrar em processo criativo gosto de me virar do avesso mesmo, rs.
Geralmente me isolo, medito, participo vivências espirituais das mais variadas, posso ir para a praia e ter uma inspiração súbita, duas, até umas cinco de vez. Então a partir do conteúdo extraído do cotidiano, de amores, dores e alegrias que são bem depurados nesses mergulhos, extraio sons, letras e idéias que se tornam canções.


Existe muito misticismo nas suas canções. Você pratica misticismos na sua vida? Quais idolatrias?
Não gosto de chamar de esoterismo que dá aquela ideia de loja de 1,99, que vende duendes e figuras de 357 Deuses… Tenho muita ligação com astrologia, cristais, geometria sagrada e uma técnica chamada Freqüência de Brilho.


Ping Pong

Um sonho: cantar para o mundo todo
Uma cor: Amarelo
Um dia: quarta feira
Uma música: Contar Estrelas - do meu próximo CD
Um autor: J.K. Rowling
Uma mulher: minha mãe
Um casal: Rita Lee e Roberto de Carvalho
Uma estrada: Imigrantes a noite
Um destino: Bahia… Sempre.
Uma realidade: multidimensional
Uma comida: Tagliarine ao Fungui
Um filme: qualquer um da Disney

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Henrique & Diego gravam o primeiro DVD em Campo Grande (MS)
Escrita por RafaelPublicada às: 21:35

Os jovens sertanejos gravaram o primeiro DVD da carreira no Ondara Palace 


Na noite de 7 de agosto, a dupla Henrique e Diego gravou o primeiro DVD da carreira, com direção geral de Eduardo Maluf e produção geral de Ivan Miyazato. O evento contou com uma decoração sofisticada e irreverente no Ondara Palace, em Campo Grande.

No repertório, a dupla cantou 28 músicas, sendo 24 delas inéditas e as regravações dos sucessos “Zuar e Beber”, “Me Liga”, “Copinho” e “Canudinho”. A dupla recebeu no palco as participações especiais de Humberto & Ronaldo, Matheus & Kauan e de Gusttavo Lima, que cantou com Henrique & Diego a canção romântica “Vou Me Entregar”.

Na tarde do dia 7, a dupla participou de uma coletiva de imprensa, no Novotel, onde falaram sobre a carreira, público, composições, vida pessoal, amigos e fãs. 










Fotos: Clayton Vasconcelos

Para saber mais sobre a dupla, acesse www.henriqueediego.com.br
Agradecimentos: Great Assessoria e Dut's promoções e eventos

Entrevista: Roberto Rodrigues, o assessor mais pop do mercado
Escrita por RafaelPublicada às: 11:28

O jornalista Roberto Rodrigues, conversa com exclusividade com o Agito Total e fala sobre o seu trabalho no comando da agência Talentmix, especializada em eventos, ações de relacionamento e assessoria de imprensa de artistas como a cantora Wanessa, Banda Cine, o ator Marcos Pasquim entre outros.


Quando você começou a se envolver com jornalismo?
Toda criança, quando começa a ler jornais vai direto nos quadrinhos, eu adorava entretenimento e coluna social, eu tinha uns 6 anos de idade... No final dos anos 80, venci um concurso de críticas sobre o trabalho dos Paralamas do Sucesso e ganhei um disco de ouro das mãos do Hebert Viana. Em seguida fui convidado a ser colunista do jornal do meu bairro e de lá para cá não parei mais.

Você é contra ou a favor do diploma no curso de jornalismo?
É um assunto delicado e complexo: existem pessoas que sabem se expressar bem, com boas idéias e não tem formação acadêmica, da mesma forma que existem jornalistas formados que não sabem concluir uma frase. Jornalismo para mim é paíxão, o profissional deve estar sempre atualizado.

Como foi assessorar grandes nomes da Rede Globo?
Fui convidado pela empresária Fabiana Kherlakian a assessorar atores de sua agência na época como Cauã Reymond, Mariana Ximenes, Marcelo Antony, Fábio Assunção, Nivea Stelmann, Marcos Pasquim, Carmo Dalla Vecchia, Sergio Abreu, entre outros, ao lado da Camila Lamoglia, que é uma grande profissional nesse segmento. Foi uma experiência enriquecedora trabalhar com artistas tão queridos e talentosos como eles. Hoje fico orgulhoso em vê-los atuando e torço muito pelo sucesso de cada um. 

E como começou a sua empresa, a Talentmix?
Eu já havia trabalhado em duas empresas de comunicação: o Officecomm e a Real Important Person e durante 15 anos trabalhei na Folha de S.Paulo, que é o maor jornal do país. Sempre tive vontade de ter meu escritório, onde pudesse desenvolver minhas idéias e assessorar. O nome foi idéia do jornalista Thiago Rocha, que é meu amigo há um tempão e sugeriu que o nome da empresa deveria estar associado a "mix de talentos", de várias áreas e o primeiro logotipo quem desenvolveu foi outro amigo querido, o cantor Matheus Herriez. Começamos pequenos, mas atendendo gente grande. A Talentmix é um dos meus maiores orgulhos.

Você é muito requisitado nesse meio? 
Sim, tenho um amigo jornalista que diz que eu adoro movimentar o mercado. Recebo propostas de assessoria diariamente de quase todos os segmentos, mas analiso com tranquilidade e não me arrisco ao me associar com qualquer pessoa, se eu cuido da imagem dos outros, imagine da minha.


Qual a principal qualidade de um assessor de imprensa?
Acredito que a principal qualidade de um ser humano é a sinceridade, isso facilita qualquer relacionamento. Honestidade não deveria ser atributo, mas infelizmente hoje é. Infelizmente nesse mercado existem muitos oportunistas, que é bem diferente de estar atento às oportunidades.

O que você acha das "celebridades relâmpago"?
Primeiramente, celebridade é uma qualidade de uma pessoa célebre. Eu considero celebridade Alberto Santos Dumont, Thomas Edson, Marconi (inventor do rádio), Lady Di, Chico Xavier, Michael Jackson, Madonna e por ai vai. Essas pessoas que aparecem do nada são "personalidades". Algumas são engraçadas, outras oportunistas, o melhor é saber que passam logo, por isso são chamadas de "relâmpago".

Você é bem atuante no Twitter? Como é sua relação com a ferramenta?
O Twitter e o Facebook são excelentes ferramentas de comunicação, principalmente na minha área de atuação, onde posso ampliar a visibilidade sobre determinados assuntos, as vezes para mim funciona como uma terapia ou válvula de escape, mas sempre tomando cuidando com os textos publicados.

Já vi você discutindo com jornalistas no Twitter...
Sim, algumas vezes. Acredito que um profissional de comunicação deve sempre checar suas fontes, antes de publicar notícias mentirosas com o simples objetivo de chamar a atenção para o seu veículo e ter mais "clics", esquecendo que corre o risco de ser processado, além de prejudicar a vida das pessoas envolvidas. Antes de escrever ou falar, devemos sempre nos colocarmos no lugar do "outro", fica mais fácil de compreender.

Você já trabalhou com pessoas que escondem seus "defeitos", como sua sexualidade?
E desde quando sexualidade é defeito? O artista ou profissional deve ser avaliado em sua área de atuação e não em suas preferências sexuais. O público precisa diferenciar isso, mas infelizmente a indústria da fofoca é mais atuante nisso, que no trabalho do artista.

Me fale sobre o seu livro
Estava batendo um papo com estudantes de comunicação em uma palestra no auditório de uma faculdade e eles, interessados em atuar em assessoria artística, me deram esse toque. Achei a idéia incrível e comecei a escrever. A idéia é fazer um livro sobre "cases" que vivenciei ou que tomei conhecimento. Já tenho editora interessada e quero lançá-lo no ano que vem, não finalizei ainda por questão de tempo mesmo.

Você tem uma boa relação com a imprensa?
Tenho sim, respeito o trabalho deles. Já trabalhei em rádio (sou locutor), fui reporter de TV, colunista de jornal e ja ralei muito em pautas. Sei o que eles passam e respeito o trabalho de todos. Quando se conhece o outro lado, tudo se torna muito mais fácil. Existem casos de assessores que me barraram em pautas e hoje se oferecem para serem parceiros da minha agência.


Por qual assessorado você tem mais carinho?
Por todos! Trabalho com quem gosto e acredito na carreira. Se eu fosse aceitar todas as propostas de assessoria que recebo, estaria rico e mal falado no mercado, ou até mesmo fora dele.

Existe muito amadorismo na sua área?
Infelizmente como em toda profissão existe amadorismo e oportunismo. Sempre me deparo com pessoas sem a menor qualificação se dizendo "assessores" de determinados artistas. Alguns assessores gostam de aparecer mais que o assessorado e não tem o mínimo de preparo para desenvolver um release e muitas vezes ganham espaço no "Cantinho do Assessor" do "Te dou um dado" do R7, onde viram motivos de piada.

Como você vê o mercado artístico nacional?
Carente de bons profissionais tanto no palco quanto no backstage. Já tive oportunidade de conhecer grandes artistas que não tiveram oportunidades e péssimos artistas que a mídia dá espaço. É uma relação engraçada, não entendo como as pessoas surtam com os 15 minutos de fama, tão comentado por Andy Warhol. Sempre digo que fazer sucesso não é difícil, o complicado é manter-se no meio. Para isso, o artista deve, além de ter talento, ser acompanhando por uma equipe de trabalho (empresário, assessor, produtor) que juntos traçarão estratégias de carreira.

É dificil ser um assessor de artistas?
Diferente de você assessorar uma empresa ou um produto do varejo, você está lidando com pessoas que tem vários sentimentos (positivos ou não), então nesse momento você deve procurar ser o mais racional possível e saber abstrair fatores negativos e canalizar positividade em tudo o que fizer. Eu gosto de gente, adoro desafios e sou focado em resultados, isso facilita o meu trabalho. Trabalho com assessorados maravilhosos, grandes e talentosos artistas e não tenho o que reclamar. Muito pelo contrário, agradeço imensamente por confiarem no meu trabalho e da minha equipe.

Quem você não assessoraria?
Na minha agência temos um lema "trabalhamos com quem acreditamos" e seguimos isso. Não existe essa ou aquela pessoa, desenvolvemos um planejamento para cada artista.

Quem você adoraria assessorar?
Um monte de gente. O mercado necessita de novidades constantemente. Tem muita gente talentosa por ai e muitos artistas já consagrados que necessitam de estratégias para ter mais visibilidade em seu trabalho. Na verdade, o mercado carece de bons profissionais que tenham uma visão mais comercial e estratégica de carreira. 

Você já estressou com algum assessorado?
Claro que sim. Acontece, divergências de pontos de vistas, mas respeito e confiança devem sempre caminhar juntos.

Você é  considerado um dos melhores assessores de imprensa do país, que dica daria a estudantes de jornalismo que querem seguir para esse caminho?
Obrigado, sou apenas um cara que ama o que faz e dessa forma, o resultado positivo é um resultado natural. Minhas dicas para novos jornalistas são: leiam muito, mantenham-se atualizados, sejam sinceros em seus relacionamentos profissionais e não se deslumbrem com o meio de atuação, simplesmente faça o seu melhor.


Bate Bola
Twitter: uma terapia 
Qualidade: sinceridade e bom humor
Defeito: ansiedade
Orgulho: meu filho, minha família e minha agência
Vergonha: pessoas preconceituosas
Amigos: poucos e bons
Inimigos: devo ter...sei lá! Não me preocupo com eles.
Cantor: Michael Jackson, Pet Shop Boys, Ricky Martin, Roberto Carlos, Lulo,
Cantora: Madonna, Wanessa, Kate Perry, Donna Summer, Kylie Minogue, Leilah Moreno, Vanessa Jackson, Negra Li, Shirley Carvalho...
O que você ouve? pop, romântico, dance, black music
O que você não ouve? rock metal
Cinema: musicais, suspense, aventura
Viagens: Paris, New York, Las Vegas, Miami e Nordeste e Sul do Brasil
Um sonho: ter uma casa no campo

Quer saber um pouco mais? Acesse o blog: www.robertorodrigues.com.br

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Conheça um pouco mais sobre a talentosa atriz Priscila Squeff
Escrita por RafaelPublicada às: 11:39

Em entrevista ao Agito Total, Priscila Squeff fala de sua carreira, a experiência de trabalhar com Tássia Camargo e o tema abordado no espetáculo "Se você me der a mão"


Como e quando você pensou em se tornar atriz? Teve apoio da família?

Eu sempre soube que queria ser atriz. Desde os 10 anos de idade eu pedia para minha mãe me levar a um curso de teatro, porque nem na escola nem no meu bairro tinha nenhum grupo. Mas ela não sabia muito bem onde procurar, então ficou por isso mesmo. Quando eu fiz 16 anos, cansei de esperar e fui eu mesma procurar. Peguei a lista telefônica (ainda não existia google na época!) e listei cerca de 05 escolas. Liguei uma por uma. Escolhí o Teatro Escola Macunaíma porque os horários das aulas batiam com os meus. Peguei o endereço e disse para a minha mãe me levar. Entrei no curso básico e me formei nesta escola três anos depois. Desde então tenho trabalhado na área. Meus pais sempre me apoiaram, ainda que com receio por não conhecer direito o meio artístico, mas me deixaram seguir atrás do que eu amava.


Você já fez inúmeras participações em espetáculos, inclusive musicais. Quantos espetáculos fez e qual (is) foi o(s) mais importante(s)?

Conto com cerca de 15 espetáculos de teatro no meu currículo. Não sei se tem um mais importante. Para mim o mais importante é aquele que eu estou fazendo no momento. Porém, posso citar "O Cravo e a Rosa", que eu fiquei em cartaz por 05 anos, tanto em São Paulo quanto em Belo Horizonte, onde abrimos o Festival Alterosa por duas vezes. Foi uma peça que me marcou muito porque fazer o mesmo personagem por todo esse tempo é um desafio, tanto para manter ele em crescimento quanto para redescobrir coisas a cada dia. Também trabalhei com a Imara Reis, que me dirigiu na peça "Non é Vero, é Verissimo", e que me ensinou muito. Fui dirigida pelo Wolf Maya numa peça que fizemos pela escola dele e  que foi uma experiência muito boa também. Trabalhar com ele foi ótimo, crescí muito como atriz, e conhecí amigos e parceiros de trabalho que até hoje estão comigo. Recentemente participei do CPT- Centro de Pesquisas Teatrais, coordenado pelo Antunes Filho e apesar de não ter estreado um espetáculo dele, participei por mais de um ano do processo de trabalho dele. Foi incrível. Ele tem uma magnitude de conhecimento impressionante e contribuiu muito para meu trabalho.


Para você qual a área mais difícil da dramaturgia? Qual te dá mais prazer e porque?

Não sei se tem uma área da dramaturgia que seja mais difícil que a outra. O teatro, para mim, tem sido mais desafiador porque é o que eu mais tenho trabalhado. Acontece no aqui e agora, ao vivo, sem direito a voltar e fazer de novo. Só na próxima sessão você terá a oportunidade de repetir. E você sentir todas aquelas pessoas te olhando e se envolvendo junto na história que está sendo contada é incrível. Te faz sentir especial mesmo. Eles mal sabem que especiais são sempre eles, sem platéia não ha teatro. Então eu posso dizer que teatro me dá muito prazer. Tenho uma pequena experiência em TV e cinema, este ano quero me dedicar a fazer mais. Cinema hoje é o meu grande sonho. Não acho que TV seja mais fácil de fazer. Muito pelo contrário, acho é muito difícil. Tem que ser muito bom ator para cortar uma cena e retomar de onde parou com a mesma intensidade. A TV e o cinema permitem o espectador ver o fundo dos seus olhos. Você não pode ser mentiroso. Aliás, a mentira não faz parte de nenhum ofício do ator. Nós trabalhamos sempre com a verdade e se há a verdade, não importa em qual área da dramaturgia, o ator vai sentir prazer em fazer.


Sua peça, "Se você me der a mão" é baseada em fatos reais da sua familia. Você acha que esse é um espetáculo que pode ajudar outras pessoas a enfrentar problemas como este?

"Se você me der a mão" nasceu de uma história baseada na minha família, mas não é um retrato fiel ao que aconteceu. Eu me inspirei no fato da minha mãe ter vencido um câncer de mama para fazer um projeto que falasse sobre isso, sobre a superação, mas nem tudo que acontece em cena aconteceu na minha vida. Aliás, a maior parte da peça é o resultado do processo criativo de uma autora, como a Regiana Antonini, que escreveu um texto ótimo e de um diretor como o Ernesto Piccolo, que é incrível e conduziu o espetáculo de uma maneira muito humana. Sobre ajudar outras pessoas, é o que eu espero que aconteça em todos os meus trabalhos. Se o que eu fizer em cena inspirar alguém a refletir sobre sua própria vida, me sentirei cumpridora do meu trabalho.

  
O câncer de mama é um assunto muito comentado na mídia e em campanhas sociais. Você tem ligação com alguma campanha relacionada a isso?

Sim. O espetáculo tem ligação com algumas campanhas de combate ao câncer de mama. Participamos da campanha "Eu amo meus peitos", feita pela Sociedade Brasileira de Mastologia, e também da campanha feita pela FEMAMA- Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama. Ambas as campanhas desenvolvem um lindo trabalho e focam na prevenção, que é o melhor caminho para se tratar o câncer de mama.


Foi sua idéia de construir essa história? Sua mãe te apoiou, ajudou a dar idéias ao espetáculo?
  
Sim, essa idéia foi minha e da minha mãe. Aliás, acho que muito mais da minha mãe! (risos). Quando ela superou o câncer, eu já fazia teatro e numa noite lá em casa nós estávamos conversando sobre várias coisas, e ela me disse que tinha vontade de fazer teatro. Eu disse que poderíamos usar o que ela passou para fazer uma peça. No início a idéia era ela fazer a personagem da mãe mesmo. Mas, ao longo do percurso os planos mudaram porque ela nunca trabalhou como atriz, não estudou teatro. Apesar que eu acho que ela é uma atriz nata. Eu já a ví numa peça que ela fez na faculdade (de pedagogia, ha uns 10 anos) e o trabalho dela foi ótimo!


Como surgiu a idéia de convidar a Tássia Camargo ao elenco?

O Ernesto Piccolo (Diretor do Espetáculo) conhece a Tassia ha muitos anos, acho que já trabalharam juntos no passado. Quando estávamos a procura de uma atriz para fazer a personagem, o Ernesto convidou a Tassia. O papel da mãe não é um personagem fácil, ela passa por vários conflitos no espetáculo (com o ex-marido, com a filha e com a própria situação em que ela se encontra na vida) e transita entre muitos momentos cômicos e dramáticos ao mesmo tempo. Então tinha que ser uma atriz que fizesse isso muito bem, que tivesse bagagem. Em outras palavras, tinha que ser uma ótima atriz, como a Tassia Camargo. A entrega dela para esse personagem é incrível. Ela conquista a todos durante a peça.


Como é trabalhar com a Tássia? Vocês apresentam muita cumplicidade no palco, já eram amigas antes dos ensaios?

Trabalhar com a Tassia tem sido ótimo. Não tenho nem palavras para dizer o quanto aprendo com ela. Ela é uma atriz completa, com atributos em cena e fora dela. É muito culta, conhecedora de teatro mesmo. Nos conhecemos quando o Neco (apelido do diretor) nos convidou para uma leitura na casa dele. Só tem duas personagens na peça, a filha e a mãe, então tinha que existir uma química muito forte entre nós duas. Fomos nos tornando amigas durante o processo de ensaio e descobrindo em cena, juntas, uma cumplicidade muito forte. Tenho um afeto enorme por ela. Nos divertimos muito no camarim e conversamos sobre diversos assuntos, não só da peça. Damos muitas risadas juntas e isso é o mais gostoso. Com certeza é uma pessoa que vai ficar na minha vida.

  
Quando o espetáculo volta em cartaz?

Em setembro e outubro de 2012 faremos algumas viagens. Sei que estão confirmadas apresentações em São José dos Campos e Porto Alegre. Tem também algumas outras cidades programadas. Devemos fazer mais um mês de temporada aqui em São Paulo, entre outubro e novembro, e vamos para o Rio de Janeiro no início de 2013.

  
Qual foi a reação mais surpreendente de um espectador após assistir o espetáculo?

Um homem por volta dos seus 40 anos me abordou na saída do teatro, cheio de lágrimas nos olhos, e me disse que não falava com a mãe dele há 08 meses. Estavam brigados. Mas que a peça tinha mostrado a ele um lado que ele não enxergava e que iria ligar para a mãe dele para se reconciliarem. Lindo, né?


O que sua mãe achou do espetáculo?

Ela adorou. Aliás, sempre que podem ela e toda a minha família vão assistir a peça. Já tiveram vezes que eles nem me avisaram, pagaram o ingresso e eu só os ví quando as luzes se acenderam no final.



Agradecimentos: Talentmix